Conheça os piolhos que atacam as macieiras

Piolhos nas macieiras

Entre as arvores frutíferas mais atacadas pelos afídeos (piolhos, pulgões), estão algumas espécies da família das pomóideas, estando as macieiras em lugar de destaque. Os ataques dos piolhos nas macieiras, podem causar prejuízos graves e transmitirem vírus às próprias pomóideas bem como a outras espécies frutícolas e hortícolas. Se tiver alguma na sua horta, é importante que conheça os piolhos que atacam as macieiras e os danos que causam.

Piolhos nas macieiras

Piolho rosa da macieira (Dysaphis plantaginea)

Estes piolhos têm como hospedeiros principais as macieiras, mas também podem aparecer em marmeleiros. A cor pode variar para um cinzento rosado. Como hóspedes secundários, durante o verão, gostam sobretudo de plantas herbáceas do género Plantago (língua de ovelha, tanchagem). Estes piolhos nas macieiras, picam os rebentos novos provocam o enrolamento das folhas. Os danos mais graves são provocados pelas picadas nos ovários das flores, mesmo antes da floração causando o seu abortamento. As picadas, tanto no ovário das flores, como nos frutos jovens, provocam o atrofiamento e deformações irreversíveis nos frutos e impedem o seu crescimento. Fortes infestações podem também prejudicar o crescimento das árvores mais jovens e o aparecimento de fumagina.

Hibernam na forma de ovos nas macieiras. As larvas emergem em Abril e, em seguida, desenvolvem-se nos botões jovens em fundadoras sem asas. Multiplicam-se sem precisarem de machos que as fecundem e dão à luz a larvas jovens. O seu potencial de multiplicação é enorme; cada fundadora gera até uma centena de descendentes. Durante os meses de Maio e Junho, 2 a 3 gerações sucedem-se com uma parte alada. Os alados voam para hospedeiros secundários e, em seguida, regressam ao seu hospedeiro principal, a macieira. Em Setembro, a fase do ciclo sexual ocorre: os machos e as fêmeas copulam e, finalmente, os ovos hibernantes são depositados.

Piolhos nas macieiras
Piolho rosa da macieira (Dysaphis plantaginea)

Piolho verde da macieira (Aphis pomi)

Têm preferência pelas macieiras, embora possam aparecer noutras plantas, como marmeleiros e pereiras. Os ataques destes piolhos nas macieiras são muito graves, especialmente nas árvores mais jovens, cujo crescimento comprometem seriamente. Nas árvores adultas causam o enrolamento das folhas dos rebentos novos, que podem secar e cair. Podem causar deformações nos frutos. Provocam o aparecimento de fumagina.

Hibernam na forma de ovos nas macieiras. As fêmeas fundadoras eclodem no início de março, pouco antes da rebentação. Em abril surgem os primeiros indivíduos com asas, que colonizam outras macieiras. Podes ter mais de 20 gerações por ano. Alguns alados podem migrar para outras plantas, mas acabam por regressar às macieiras durante o Verão. Em outubro aparecem os indivíduos sexuados e começas a postura dos ovos de inverno.

Pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum)

Facilmente podemos encontrar estes piolhos nas macieiras embora também possam aparecer esporadicamente noutras espécies como as pereiras. Colonizam raízes, tronco, ramos e rebentos. As suas picadas provocam nódulos e tumores mais ou menos volumosos nas raízes grossas, tronco e ramos, que de seguida abrem gretas. Os tumores nas raízes atrasam o desenvolvimento das árvores jovens e acabam por bloquear o seu crescimento.

Nos ramos atacados desenvolvem-se cancros que impedem o desenvolvimento dos gomos florais. Sobre as gretas abertas nos tumores, desenvolvem-se fungos como o que provoca o cancro europeu da macieira. A melada produzida pelas colónias propícia o desenvolvimento de fumagina. Pode dar-se uma quebra acentuada de produção e o enfraquecimento da árvore.

Piolhos nas macieiras
Pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum)

Estas pragas podem ser minimizadas com medidas preventivas. Uma das medidas preventivas que deve ter em conta é fazer uma poda adequada de modo que possa criar um bom arejamento da copa da árvore.

Se precisar mesmo de combater a praga, Veja aqui várias sugestões para combater os piolhos de modo biológico.

Texto adaptado – Fonte

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