Para fazer bem a compostagem, deve alternar no compostor as camadas de castanhos e verdes, sucessivamente, mas é muito importante ter em atenção que a última camada tem de ser sempre de material castanho, de forma a minimizar os odores produzidos durante o processo.
Este processo tem de ser acompanhado de forma contínua, uma vez que a falta ou excesso de água podem atrasar e interferir com os métodos metabólicos que conduzem à compostagem.
Assim sendo, é conveniente regar e revirar o composto com alguma regularidade.
Quando o material do compostor ficar com aspeto de terra escura, sem odor e à temperatura ambiente, o produto final está formado.
Este processo pode demorar 3 a 12 meses.
O composto antes de ser retirado deverá ser trespassado de forma a remover qualquer elemento que não tenha sido convenientemente transformado.
Após a finalização do composto, este deve ser armazenado uma semanas até diminuir o seu volume, de modo a assegurar a obtenção de um produto totalmente estável, que permitirá formar o húmus no solo.
A isto chama-se maturação.
Exemplo das camadas no compostor
1 – Camada de drenagem e ventilação (pequenos paus finos cruzados) Colocar em cima de solo solto Não repetir – Colocar só uma vez
2 – Camada de material castanho
3 – Camada de Material verde (a mesma quantidade dos castanhos)
4 – Camada fina de solo
Como começar a compostagem
Existem vários tipos de compostores. Escolha o mais apropriado para o seu local
Depois de ter escolhido e preparado o recipiente apropriado deve ter em consideração alguns fatores:
Local ideal
O compostor deve estar abrigado do vento para evitar a secagem e arrefecimento do composto. Deve estar próximo de casa, num local com fácil acesso e água perto para facilitar a rega.
Se possível coloque o compostor em cima de terra e não num local impermeável à água.
Oxigénio
A passagem de oxigénio é fundamental e pode obter-se de várias maneiras:
• Compostores perfurados lateralmente
• Camada de ramos na base do compostor
• Tubos perfurados na base da pilha
Humidade
A humidade é outro fator importante.
O composto não deve escorrer água mas precisa de alguma humidade para que os microrganismos e outros seres vivos possam atuar.
Para verificar o teor de humidade, pode-se usar o teste da esponja: pega-se numa mão cheia de composto e aperta-se. Não deve pingar [no máximo algumas gotas], mas deve deixar humidade na mão como a borra do café acabado de tirar.
Aplicação do composto
O composto é um agente fertilizante natural que aumenta a capacidade de retenção dos nutrientes e da água, favorece o arejamento do solo e melhora consequentemente a produção das culturas.
Deve ser espalhado em camadas de 1 a 2 cm de espessura e ligeiramente misturado com o solo, não deve ser enterrado.
A utilização do composto é aconselhada nas seguintes situações:
– Canteiros para a plantação de hortaliças e legumes
– Canteiros para flores, plantas decorativas e aromáticas
– Vasos para flores e plantas de casa
– Para iniciar a compostagem, usa-se em vez de terra
O composto deve ser aplicado no solo na Primavera ou Outono, altura em que o solo se encontra quente.
No Verão seca demasiado e no Inverno o solo está frio.
Contudo o composto não deve ser usado em plantas sensíveis como o tomateiro e a pimenteira se não estiver completamente maturado.
Quando tiver cheiro a terra e aspeto de húmus o composto pode ainda não estar completamente estabilizado – deve por isso deixar descansar uns meses antes de aplicar nas plantas mais delicadas.
Vantagens da compostagem
– Melhora a estrutura do solo e atua como adubo natural.
– Introduz no solo organismos benéficos, como bactérias e fungos, que têm a capacidade de passar os nutrientes da parte mineral do solo para as plantas.
– Aumenta a resistência das plantas.
– Reduz o aparecimento de pragas e doenças.
– Aumenta a fertilidade e a vida do solo.
– Pode ser armazenado por longos períodos de tempo e usado em qualquer altura do ano.